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Mostrando postagens de outubro, 2010

O Agenor é alguém

- Alguém pode ir lá na área de serviço desligar a máquina de lavar roupa, Agenor? - indaga a mulher, sonolenta, mergulhada no edredon. - Como assim, "alguém" - retruca ele, enquanto termina de dobrar a roupa que está sobre a cama para guardá-la no armário. - Por que a utilização deste pronome se só estamos eu, você e a Clara em casa? Levando em conta que ela tem quatro anos e nem sabe o que é uma máquina de lavar e você está quase desmaiada no travesseiro, "alguém" só pode ser eu, né? - Credo, que mau humor - ainda resmunga Cilene, sem abrir os olhos, antes de se virar para o outro lado e seguir o caminho aos braços do Morfeu. - Pelo menos eu sou "alguém" - pensa o marido, buscando consolo. E lá se vai o Agenor desligar a máquina.

O eleitor medíocre: renovem-se os eleitores!!!!

Só existe o político ladrão, sem vergonha e safado porque existe o eleitor medíocre. Afinal de contas, é quem vota que o coloca lá. Está certo que, algumas vezes, somos surpreendidos negativamente por aqueles que considerávamos "limpos" e que, depois de eleitos, acabam flagrados em alguma "falcatrua", pra dizer o mínimo. Mas e nas vezes (e não são poucas) que o candidato até condenado já foi, tem a ficha suja e volta a atuar pela livre vontade do povo que o reelege? Estamos cheios de exemplos aí de maus políticos reeleitos mais de uma vez. É como a história do cônjuge adúltero. Ele trai o parceiro (a) também porque no outro lado da relação existe uma terceira pessoa disposta a se relacionar com alguém mesmo sabendo ser este casado (a). Portanto, a justificativa que muitos usam de que "político é tudo igual, e por isso justifico ou anulo meu voto" não passa de desculpa. Existe o político bom e o ruim, o jornalista bom e o ruim, o médico idem. Resta a nós, c

Os Tiriricas

Estamos a dois dias das eleições, e durante este período de campanha, alguns fatos estiveram em evidência. Um deles é o fenômeno Tiririca. Analistas, especialistas e entendidos garantem que o palhaço-candidato irá se eleger deputado federal por São Paulo com mais de um milhão de votos (nada surpreendente para um Estado que idolatrou Maluf por anos e agora não se cansa de reeleger o insoso PSDB pra governar lá), e com isso levará para a Câmara consigo outros candidatos inexpressivos, com baixa votação, mas carregados pelo fenômeno Tiririca. Vejo as pessoas antecipadamente sofrendo com isso e expressando sua indignação com alguém que baseou sua campanha com o bordão: "Vote em Tiricia, pior do que está não fica". Tentaram até impugnar a campanha do palhaço, alegando que ele é analfabeto, e a Constituição brasileira proíbe quem não sabe ler e escrever de concorrer. Como nada foi provado, a candidatura dele acabou confirmada. Estranho que se tente impedir o palhaço de disputar um