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Mostrando postagens de junho, 2009

Cantadas em festas...

Vai com tudo Ao final da festa, quando tu já estiver "enjoando" de apenas "ficar" com aquela gata naquela noite, dá pra largar essa antes de irem embora: – E aí, gata, amanhã de manhã, te telefono ou te cutuco? De boca fechada, ela é linda Essa aconteceu com um amigo meu, há alguns anos, em um bailão no interior do interior. A coisa tave meio braba naquela festa, mas o meu amigo, que não paga por rodízio sem devorar a picanha, começou a percorrer o salão. Colocou o olho numa vítima e decidiu. Seria aquela. De fato, era a "melhor coisa" que ele tinha visto até então no local, cujo forte não era mesmo a reputação de ser frequentado por beldades. Se aproximou e tascou, com a sinceridade que um homem precisa pra conquistar uma mulher: – Sabia que tu é a mulher mais linda desta festa? De pronto, ela respondeu, com aquele sotaque peculiar de interiorana germânica: – Ah, para, má cruizzz – sorriu ela, encumpridando o "z" no final da frase, e tirando to

O Beco do Franklin

Depois que aquela voz feminina repetiu pela sexta vez uma instrução que o motorista ignorara, cheguei a imaginar que o taxista fosse quebrar a socos o GPS do Santana que me transportava do centro da cidade à zona leste naquela noite. Afinal, de que adianta ter um equipamento caro desses instalado no teu carro se ele não serve pra nada? – A 600 metros, vire à direita. Em seguida, vire à esquerda – insistia ela. Seiscentos metros adiante, o motorista seguia reto, desconsiderando o apelo de sua navegadora computadorizada que, porém, não se dava por vencida. O próprio computador de bordo tratava de corrigir o percurso e a voz retornava: – A 300 metros, vire à esquerda. Chegando no cruzamento, nosso amigo motorista, o que fazia? Virava à direita! Até que, a cerca de um quilômetro da minha casa, a voz deu a ordem que me pareceu definitiva. – A 600 metros, vire à esquerda. Aí eu não resisti, e fui obrigado a brincar com o motorista do táxi: – Até que enfim essa mulher que trabalha contigo ace

Sobre ídolos e mortes

O que James Dean e Michael Jackson tinham em comum e de diferente? De comum, o óbvio: ambos foram ídolos, em épocas distintas, mas ídolos de gerações. De ídolos, viraram mitos. De diferente, eles tiveram quase tudo. O rebelde Dean partiu jovem, bonito, no auge, aos 24 anos, ao se arrebentar com seu Porsche em uma estrada da Califórnia. Morreu como viveu. Loucamente. Procurou a morte. O frágil e inseguro Jackson passou pela vida com medo, tentando fugir da morte. Viveu o dobro de anos de Dean, mas ao contrário deste, que se arriscava demais e se expunha demais, em pleno sucesso preferiu a reclusão, talvez achando que, com ela, estaria seguro. Fechado em casa, assistido por médico e entupido de remédios, não conseguiu impedir que a morte o alcançasse. Brilhou por quase três décadas, teve amigos, fãs aos milhões, três filhos e duas mulheres. Mas morreu só e decadente. A imagem que ficará para sempre de Dean, em seus pouco anos de vida e de astro de cinema, é do jovem rebelde, olhos claros

Quanto falta pro verão?

13 graus foi a máxima de hoje. Esqueci a ceva na sacada e ela congelou. Corre tanta água nas paredes aqui de casa que tomo banho de chuveiro desligado. Pros próximos dias, a previsão é de mínima de 3ºC em Porto Alegre, possibilidade de neve na Serra. Há quem goste. A Naná, por exemplo, minha colega na FIERGS, adora. Pudera: descendente de ucranianos, vizinhos da Sibéria, queriam o quê? Tá no DNA desse povo gostar de passar frio, assim como no do nordestino brasileiro, penar com a seca e o calor. O Luciano, também. Mas a explicação pra esse turco preferir viver congelado ao invés de na beira da praia tomando várias geladas, não entendo. Se bem que o meu amigo Lu é meio estranho: além do frio, é também apaixonado pelo Brasileirão por pontos corridos. Vai entender? Se não fosse gremista, diria que ele é doente. Não vejo graça nenhuma em andar quase sem poder se mexer por causa do excesso de roupas e pelo frio que congela até lágrima. Ótimo pra turista, mas péssimo pra quem, como eu, prec