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Mostrando postagens de junho, 2020

A noite que nunca acabou

" Como ousa, como ousa!". Imagino que os grandes Pelé e Zico, dois ícones da camisa 10 dos campeões mundiais Santos, em 1962 e 1963, e Flamengo, 1981, devem ter dito isso, ao menos pensado, naquela madrugada de 11 de dezembro de 1983. A milhares de quilômetros de suas casas em Santos e no Rio, na fria Tóquio, o atrevido camisa 7 de apenas 20 anos do Grêmio, Renato Portaluppi, com dois gols desmontava a divisão punzer alemã do Hamburgo e levava o clube gaúcho ao maior título de sua história: o Campeonato Mundial Interclubes. "Como ousa, como ousa", podem ter repetido eles. Como que um clube fora do eixo Rio-São Paulo, na ponta do Brasil, da desconhecida internacionalmente Porto Alegre, poderia se atrever a tanto? Até então, apenas Santos e Flamengo haviam obtido essa glória entre clubes do Brasil. O Grêmio de Renato abriu caminho, colocou Porto Alegre no mapa e quebrou a hegemonia dos timaços de Pelé e Zico. Depois do Grêmio, vieram outros... E eu presenciei tudo

"À P... QUE OS PARIU", pobre Brasil

Na entrevista que deu pra Carta Capital na semana passada, o candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, bem ao seu estilo, mandou os "lulopetistas fanáticos" à "puta que os pariu". Tá lá, entre o 39° e o 41° minuto. Se quiser, vai lá no YouTube pra confirmar. Se o lulopetismo fanático, como todo fanatismo, é nocivo, convém ressaltar que boa parte da entrevista o Ciro passou dando pau no Lula e no PT, não só nos "lulopetistas fanáticos". Feita essa introdução, pra mim fica cada vez mais claro. Ciro, que tem como projeto pessoal ser um dia presidente da República (e se isso não ocorrer eu imagino ele ao final da vida, num manicômio, com uma camisa-de-força, sendo carregado esperneando gritando contra o PT, às vezes parece um bolsonarista repetindo o tempo todo "mas e o Lula, mas e o PT"?), já definiu como estratégia se deslocar totalmente do PT. Ele faz uma aposta. É uma aposta arriscada, mas é uma aposta. Ser visto como opção interes