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Mostrando postagens de outubro, 2008

O dia em que Uruguaiana foi bombardeada

É só o começo. Onde será que vai dar isso? Foi então que os argentinos decidiram bombardear Uruguaiana. Caçavam um traidor, que se refugiara perto da fronteira. Um maldito traidor, que surrupiara a composição de um tango e a entregara a um grupo uruguaio, que o lançou e o transformou em sucesso mundial. Aviões da Argentina avançaram poucos quilômetros em território gaúcho e dizimaram o acampamento, localizado em ponto remoto das terras de um latifundiário, que sequer sabia da presença de fugitivos do país vizinho em seus campos. A atitude dos hermanos, porém, conseguiu o que parecia impossível: uniu em um mesmo protesto chimangos e maragatos, que ameaçaram marchar em fileira sobre o território inimigo, como forma de retaliação. O amistoso marcado em Uruguaiana entre as seleções amadoras locais de Brasil e Argentina para celebrar o aniversário das duas cidades-irmãs da fronteira, havia sido cancelado. Se vivo estivesse, mesmo distante de seus pagos, Leonel Brizola certamente mobilizaria

Prioridades, prioridades

Esta aconteceu comigo, num daqueles cursos de gestão e liderança que as empresas adoram e acreditam ser a solução pra se formar gestores: estavámos nós, um grupo de mais ou menos uns 20 "novos líderes", fechados na sala de um hotel em Porto Alegre, quando a psicóloga que coordenava o curso pediu para cada um se levantar e se apresentar: uma colega, toda orgulhosa, largou essa. – Meu nome é Ana, trabalho no setor de marketing e tenho uma filha de seis anos. Para mim, a coisa mais importante na minha vida é o meu trabalho. Alguma coisa está errada com uma pessoa que tem uma filha de seis anos e coloca o trabalho como a coisa mais importante da vida. Vai ver que é por isso que nunca me dei bem nesses cursos de gestão.

Parcerias

No Rio, São Paulo e Minas, os governadores se engajaram nas campanhas de segundo turno e os candidatos por eles apoiados nas capitais venceram. No Rio Grande do Sul, a governadora não se engajou na campanha de Fogaça. E ele venceu.

A felicidade está na praça de alimentação

Foi a primeira vez que vi um cantor de praça de alimentação feliz. Dois, na verdade, já que era um casal que embalava a noite de sexta-feira naquele shopping de Porto Alegre. Cantor de restaurante, praça de alimentação ou bar, juntamente com garçom encarregado de servir cupim em espeto corrido, são os profissionais mais deprimidos que conheço. O primeiro pela frustração de saber que quase ninguém presta atenção no que ele canta, poucos o escutam, pois as pessoas estão mais preocupadas com seus filés, talharins, fritas e chopps, ou em conversar com o companheiro de mesa. Difícil vai ser algum executivo de gravadora descobri-lo naquele canto, quase sem ser ouvido. O segundo, porque se sente desprezado, por mais simpático que ele se esforce em ser, oferecendo aquele espetão enorme e tendo, quase que invariavelmente, um "não"como resposta. Afinal de contas, quantas são as pessoas que cometem a insanidade de ir a uma churrascaria para comer cupim, sabendo que na seqüência virá um

Viajandão

Divagações, reflexões, enfim, qualquer coisa que venha à mente (às vezes, bobagens, mas quem também não as diz?) A gente não deveria morrer. Deveria perder o prazo de validade, desaparecer por decurso de prazo. Depois de viver por anos, receberíamos uma mensagem, via email, por torpedo, sei lá, com a seguinte frase: “As segundas-feiras da sua vida venceram. A partir de amanhã, você só viverá as terças, quartas, quintas, sextas, sábados e domingos.” Aí, quando a folhinha do calendário marcasse segunda-feira, nós não acordaríamos naquele dia, e assim sucessivamente. Quando chegasse o momento de se viver apenas aos domingos, passaríamos seis dias da semana dormindo, só despertaríamos no último. Desse modo, nós, nossos familiares e as pessoas que amamos se acostumariam, aos poucos, com a nossa perda. Até o dia que não acordaríamos mais.

"Liberdade de expressão"

A imprensa é ágil. É ágil quando parte para a velha cantilena de defender a "liberdade de expressão". Ou a "liberdade de imprensa". Não que eu seja contra essa tal liberdade. Sou jornalista, seria um contra-senso se não a apoiasse. Só sou contra a tal "liberdade de expressão" pela conveniência (ou conivência) corporativa ou quando, por trás dela, está apenas a defesa de interesses de uma casta, como ocorre em boa parte das vezes que estas frases nos são repetidas. Contra a censura, liberdade de imprensa, sim. Só não vejo na mídia este mesmo discurso libertário quando se trata de discussões claras e debates mais transparentes e profundos sobre temas que vão "contra" os interesses desta casta. Sou contra a censura, mas, por exemplo, a favor de um Conselho que normatize a imprensa. Não existe um conselho de auto-regulamentação publicitária, por exemplo? Por que não um Conselho Federal de Jornalismo? Mas taí um tema (só para citar um) que os grandes

Macho jamais mija sentado

Tem a história aquela do traveco, na época digitador da redação de um dos jornais da capital. Muitas vezes, durante seus plantões noturnos, ele dava "uma escapadinha" até a frente do prédio do jornal e, sem constrangimentos, trocava carinhos e beijos com o namorado, um militar. Ele (perdão, ela) usava sempre roupas de mulher, e ia trabalhar na redação assim. Calças jeans justinhas, botas e longos cabelos pretos. O curioso era na hora do aperto. Ia sempre ao banheiro masculino, claro. Repórteres não escondiam o constrangimento de estarem usando o WC e se depararem com "aquela moça" entrando. Menos mal que ela jamais urinava em pé ao lado deles, sempre escolhia uma das três "casinhas" fechadas com vaso sanitário. Isso me faz lembrar da saudosa frase do gaudério lá das bandas de Itaqui. "Macho que é macho, jamais mija sentado".

O papo das amigas

Enquanto dirijo atento ao trânsito da movimentada noite de sábado, na Cavalhada, ouço o papo das três amigas, todas na faixa dos seis anos, sentadas no banco de trás. - O Túlio gosta da Manoela - larga a Laura, provocando risos da Manoela e da Natália, que voltavam justamente da casa do Túlio, o aniversariante do dia. - Eu sei, ele me disse - encerra ela. A declaração me pega de surpresa e tira por breves instantes a minha concentração. - Vou precisar ter uma conversa séria com esse guri - digo eu, o pai da Manô, espantado com o tema da conversa. Parece que a previsão de alguns amigos meus começa a se confirmar: esta menina vai me dar trabalho.

Alerta a todos!

Fiquem atentos quando precisarem de atendimento em hospital, principalmente cirurgias http://rosanantropologa.blogspot.com/

Totalitarismo

A pior das ditaduras é a do Judiciário, contra o qual não existe instância superior, só a divina. Se o STF ou o STJD decidirem, tá decidido. A quem mais podemos recorrer contra as injustiças e os absurdos que esses tribunais cometem? Ao Papa? ou nem ao Papa? Morro de medo em pensar que, algum dia, o meu destino, de minha família, ou da sociedade, possa estar nas mãos do STF. Quantos advogados "põem a mão no fogo" por ele? Dá pra confiar até que ponto na isenção de seus julgamentos? A história do Daniel Dantas (e outras mais), ainda não está bem contada, por mais que o Gilmar Mendes se esforce em tentar explicar. Também assusta os superpoderes do STJD, que agora condena jogadores até pelo vídeo, mesmo aqueles que não foram expulsos, como ocorreu com Rever e Morales, do Grêmio. Neste caso específico, há algo mais do que simplesmente o "desejo de Justiça" e moralidade de um tribunal. Mas, em mais quantos outros casos essa retaliação (ou perseguição) não teria acontecid

Coisas que não consigo entender...

* O principal país capitalista do mundo estatiza bancos, seus seguidores europeus o imitam, e os economistas liberais aplaudem?

Abaixo o mau humor, fora Dunga!

Dunga sempre foi um volante de futebol médio, mas combativo, e que se impôs na seleção por sua forte personalidade, espírito de liderança e por gritar mais alto do que os outros. Deixou os gramados e caiu de pára-quedas no comando da mais importante seleção do futebol mundial. Como técnico da seleção brasileira, o Dunga que se vê hoje lembra em dois aspectos, especialmente, o jogador daquela equipe tetracampeã do mundo em 1994: é o mesmo homem de sorriso difícil, até diante das vitórias, e de humor precário. Com a desvantagem de, hoje em dia, não ser apenas mais um entre 11, como acontecia quando era titular da equipe. Como comandante da principal grife do futebol do planeta, Dunga, de quem o brasileiro exige respostas, está muito mais exposto, e reage mal. Ouvir uma coletiva sua após cada partida da nossa seleção é um convite ao desaforo. O treinador não fala, rosna. Suas respostas são, na maioria das vezes, curtas, carregadas de ironias e agressividade. Subestima a capacidade de quem

A maior profissão do mundo

Ele bem que merecia uma homenagem dos brasileiros no dia de hoje. Deveríamos desligar nossos carros, ou deixar de lado os computadores para, durante um minuto, aplaudi-lo de pé. Hoje é Dia do Professor, este teimoso que não recebe a valorização devida, tanto por quem paga seu salário e sempre o coloca no fim da fila de prioridades, como por quem, como nós, usufrui de seu conhecimento. Quem poderia prescindir de um professor em sua vida? Se você pode ler este texto, não esqueça de agradecer a ele (ou, dependendo, reclamar pra ele). Somos o que somos, vencemos na profissão que escolhemos porque tivemos professores a nos orientar e a nos ensinar. Professor ensina criança, médico, engenheiro, jornalista, advogado, contabilista, economista...e quem ensina o professor? Um professor, ora!!! Portanto, a todos os professores, parabéns e o meu afetuoso abraço. E não dá pra deixar de afirmar: esta é, sem dúvida, a maior profissão do mundo

Pobre menina

Deu na ZH: Com longos cabelos loiros e vivos olhos azuis, Natália Stangherlin, 5 ANOS , conquistou o título de Mini Miss Mundo em disputa realizada no Equador. Segundo o auto-retrato da gauchinha de Santa Maria, ela "é vaidosa, adora fazer luzes no cabelo e só sai de casa maquiada". Maquiada? Certamente, não adquiriu este "saudável" hábito sozinha, mas sim incentivada por algum adulto. Isso é o que mais impressiona. Ah, os valores humanos...

Brasil proibido

Estão proibidas as algemas, querem proibir o sigilo da fonte, a escuta telefônica, vão proibir a exigência do diploma. Há quem queira acabar com a paradinha no pênalti, torcida visitante em Gre-Nal, e se ninguém fizer nada até o drible vão proibir no futebol. Não é proibir demais? Do jeito que a coisa vai, se não abrirmos o olho, daqui a pouco vamos estar proibidos de votar!

Mundo, cheguei!

Não poderia deixar de compartilhar com o mundo tamanho conhecimento. Portanto, a partir de hoje, minhas opiniões serão divididas com todos. Aguardem. Abraços