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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Ser desumano

O ser humano chafurda e anda de quatro. Se não, como explicar o relaxamento que contribui para que as chuvas alaguem ruas e invadam casas porque as bocas-de-lobo, entupidas pelo lixo, não conseguem dar vazão à água? Ou a dengue que assombra cidades por que em algum lugar da vizinhança alguém deixou a água acumular naquela piscina abandonada ou naquele pneu velho atirado no pátio dos fundos? O ser humano chafurda. Faz dos terrenos depósitos de lixo. Carros modernos, carros velhos, carroças, bicicletas, estacionam no meio fio e despejam entulhos na calçada e terrenos baldios. E os fumantes, que não satisfeitos por nos intoxicar com a fumaça, ainda jogam o toco do cigarro na rua? Poderíamos aprender com os ruminantes e ao menos não desperdiçar nossa comida. Tampouco jogá-la no lixo. Mas assim continuará sendo. E seguiremos a chafurdar.

Terrorismo de Estado

Neste ano de eleições, muito se debaterá sobre terrorismo, e muito será lembrado a respeito dos terroristas do pós-golpe de 64. Especialmente porque a candidata da situação, a Dilma Rousseff, é uma ex-militante (ou seria terrorista?) que participou de um grupo armado que na época sequestrou inimigos da causa que este grupo defendia. A oposição deve estar reunindo dossiê farto sobre isso. Mas pouco se debaterá, seguramente, sobre o pior dos terrorismos, o terrorismo de Estado, que desencadeou a reação de outros terroristas, alguns armados em grupos, contra a ditadura militar. No domingo, eu estava lendo o artigo do lúcido jornalista Flávio Tavares (que, aliás, foi preso sem julgamento e torturado nos porões da ditadura dos milicos brasileiros). "A simulação e a mentira são as armas prediletas dos tiranos", diz ele. Com Hitler, eleito pelo voto direto na Alemanha nazista, o terror foi legalizado, lembra Tavares. A diferença para a ditadura brasileira, penso eu, é que, no nosso

Os caminhos que não seguiria

Já que meu último tópico, de ontem, foi um comentário sobre ZH, sigo na linha. Ora, por que você se preocupa tanto com ZH, poderia me cobrar alguém. É saudade ou inveja por não trabalhar mais lá? Nada disso. Estou muito feliz onde estou agora, num mundo completamente diferente da cobertura esportiva, principalmente dessa cobertura esportiva. Quando trabalhei lá sempre cobrei e critiquei alguns procedimentos, sempre com o intuito de tentar melhorar. Minhas críticas agora são como leitor que sou do jornal, e como leitor quero ler o melhor. E o melhor, pra mim, não é ver 10 COLUNISTAS (isso mesmo, 10!)! dando as mesmas opiniões sobre o mesmo tema - o clássico Gre-Nal, claro - em 12 páginas de caderno de esportes. Se formos contar a crônica do David Coimbra, são 11 pra dar pitaco no jogo. Isso sem contar o Diogo Olivier, que agora é colunista o zerohora.com e também emplacou uma materinha (de uma coluna, olha ela aí de novo!) no caderno. Ao menos havia alguma informação nela. Onde foram pa