Os Tiriricas

Estamos a dois dias das eleições, e durante este período de campanha, alguns fatos estiveram em evidência. Um deles é o fenômeno Tiririca. Analistas, especialistas e entendidos garantem que o palhaço-candidato irá se eleger deputado federal por São Paulo com mais de um milhão de votos (nada surpreendente para um Estado que idolatrou Maluf por anos e agora não se cansa de reeleger o insoso PSDB pra governar lá), e com isso levará para a Câmara consigo outros candidatos inexpressivos, com baixa votação, mas carregados pelo fenômeno Tiririca. Vejo as pessoas antecipadamente sofrendo com isso e expressando sua indignação com alguém que baseou sua campanha com o bordão: "Vote em Tiricia, pior do que está não fica".
Tentaram até impugnar a campanha do palhaço, alegando que ele é analfabeto, e a Constituição brasileira proíbe quem não sabe ler e escrever de concorrer. Como nada foi provado, a candidatura dele acabou confirmada.
Estranho que se tente impedir o palhaço de disputar uma vaga, até porque o Congresso está repleto deles. O problema não está na incapacidade que Tiririca terá para desempenhar sua função por não poder ler e interpretar leis, ou redigir pelo menos um pedaço do discurso. Isso já é grave. Mas muito mais grave do que isso é saber que existem pessoas dispostas a sair de casa no domingo, dia 3 de ouubro, caminhar até sua seção eleitoral, digitar quatro dígitos para votar no Tiririca. Esses sim, são os verdadeiros analfabetos. Os verdadeiros tiriricas.

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