Manoela, minha filha amada: Neste Dia dos Pais, quero te dar parabéns. És tu que o merece. Desde o momento em que expressaste o teu primeiro som, naquele 31 de outubro de 2001, te tornaste protagonista. O personagem principal de uma obra que, se eu não a vivesse contigo, juraria tratar-se de ficção. Mal chegaste aos sete anos de vida, Manoela, mas é incrível o teu poder. O poder de transformar, que vem desde quando, como já te falei, deste o teu primeiro berro nos braços da obstetra, já reivindicando a atenção do mundo e de teu feliz e aflito pai de primeira viagem. Pai que, seguramente, é outro homem desde então. Aí está o teu primeiro mérito. A capacidade de, mesmo tão pequena e indefesa, quebrar as resistências de um cara já maduro, que se julgava devidamente vacinado contras as armadilhas que nos prega o coração. Mas que, surpreendido, se deixa vencer diariamente por um sorriso teu, um pedido, uma palavra, uma expressão, um olhar, ou mesmo um movimento de corpo, por mais sutil que ...
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