Os privilegiados

Considero-me um privilegiado. Faço parte de uma minoria brasileira que pôde frequentar algumas das melhores instituições de ensino e concluir o Ensino Superior. Não sou de família rica, e meu pai Ruy e minha mãe Lorena não precisaram de pouco esforço para dar aos seus quatro filhos uma ótima formação. Sou muito grato a eles por isso, embora seja obrigação dos pais prover seus filhos de educação. Agradeço a eles por terem entendido perfeitamente isso. Vejo pais que preferem dar maior importância a outros valores, como bens materiais, por exemplo. Nós, os quatro irmãos, concluímos o 2º Grau (atual Ensino Médio) em escolas particulares. Depois, aqueles que fizeram faculdade em universidade privada (o meu caso), tiveram seus estudos pagos pelos pais. Por isso, fico muito satisfeito quando vejo pessoas como o piauiense Geovan Araujo ser aprovado como cotista no vestibular de Matemática da UFRGS. Ele agora também pode ser considerado um privilegiado. Ex-morador de rua, integrou a maioria excluída deste País, àquela a qual são dadas raras oportunidades. Com esforço próprio (certamente não pouco), passou a integrar um seleto grupo de universitários, com acesso a uma das melhores universidades públicas do Brasil. É o Estado cumprindo o seu papel.

Comentários

Luciano disse…
Eu só espero, meu amigo, que esse rapaz seja o primeiro, e não um símbolo.

Abrazzo

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