Pontos corridos = Desequilíbrio técnico
O grande argumento dos defensores de Campeonato Brasileiro por pontos corrido é o de que se trata do único que traz equilíbrio técnico. Ao final, alegam, ganha o time que foi o melhor mesmo, somou mais pontos. Coloco argumentos para contrapor esta idéia. Enumerarei vários motivos defendidos por aqueles que aprovam este tipo de disputa e, ao lado, direi porque não concordo com eles. Senão, vejam:
1) "O campeonato por pontos corridos preserva o equilíbrio técnico, pois vence quem somou mais pontos": contra isso, digo o seguinte. No campeonato deste ano, por exemplo, o Grêmio liderou por 16 rodadas, se não me engano. O São Paulo irá liderar por meia dúzia delas e será o campeão. Dá pra dizer que o São Paulo foi melhor? Não, diremos que o São Paulo ESTÁ melhor, nas últimas rodadas, ou que mostrou mais competência na reta final.
2) "Pontos corridos motivam a torcida e todos os jogos são decisivos": peraí. Não consigo entender um campeonato que abre mão de dois jogos finais, com duas torcidas motivadas (depois de todas estarem durante a fase eliminatória motivadas a empurrar seus times para a classificação) e estádios lotados, mobilização, mídia. Me parece pouco inteligente. Se houvesse um campeonato com dois turnos com pontos corridos, classificando-se oito para quartas-de-final, partindo-se de quatro mata-matas até se chegar a dois finalistas, haveria muito mais emoção. Prova? o Inter não estaria desequilibrando tecnicamente o campeonato na reta final como está agora escalando time reserva. Na posição que hoje se encontra (sétimo colocado), estaria sim brigando por uma das oito vagas nas finais, e poderia até ser campeão brasileiro, coisa q não pode mais em 2008.
3) "Preserva a emoção até o fim porque times brigam pelo título, pela Libertadores, pela Sul-Americana e para não cair pra Segundona": ué, em campeonato de dois turnos e classificando-se oito pro mata-mata, o mesmo aconteceria. A vaga pra Libertadores ficaria com os quatro primeiros e cairiam os quatro últimos da fase classificatória. Quanto à Sul-Americana, bem. Time nenhum (a não ser três ou quatro pequenos sem ambição) entra no campeonato, lá em abril, afirmando: "Disputaremos a competição pra buscar uma vaga na Sul-Americana". Essa competição de segunda categoria é prêmio de consolação, põe consolação nisso. É como "atirar" na Angelina Jolie e acabar com a Lucélia Santos!
E tem mais: campeonatos com pontos corridos são para países europeus, de pequena extensão territorial e poucos clubes por região. Alguém acredita que existe equilíbrio técnico em um Brasileirão que clubes cariocas e paulistas viajam bem menos pra fora de seus Estados? Os times paulistas praticamente disputam um torneio no Estado de São Paulo, coisa que ainda ficará pior em 2009, se subirem mais três paulistas (Corinthians, Santo André e Barueri ou Bragantino). Vão disputar um grande Paulistão, saindo de vez em quando pra RS ou PE, com bem menos desgaste. E Grêmio e Inter, aqui no Sul do País, tendo que viajar muito mais do que paulistas e cariocas? "Ah, mas em compensação eles têm muito mais clásicos locais, e possibilidades de perderem pontos nestes enfrentamentos", podem alegar os defensores desta fórmula de campeonato. Ué, mas Grêmio e São Paulo, e Inter e Corinthians, por exemplo, também não são clássicos?
1) "O campeonato por pontos corridos preserva o equilíbrio técnico, pois vence quem somou mais pontos": contra isso, digo o seguinte. No campeonato deste ano, por exemplo, o Grêmio liderou por 16 rodadas, se não me engano. O São Paulo irá liderar por meia dúzia delas e será o campeão. Dá pra dizer que o São Paulo foi melhor? Não, diremos que o São Paulo ESTÁ melhor, nas últimas rodadas, ou que mostrou mais competência na reta final.
2) "Pontos corridos motivam a torcida e todos os jogos são decisivos": peraí. Não consigo entender um campeonato que abre mão de dois jogos finais, com duas torcidas motivadas (depois de todas estarem durante a fase eliminatória motivadas a empurrar seus times para a classificação) e estádios lotados, mobilização, mídia. Me parece pouco inteligente. Se houvesse um campeonato com dois turnos com pontos corridos, classificando-se oito para quartas-de-final, partindo-se de quatro mata-matas até se chegar a dois finalistas, haveria muito mais emoção. Prova? o Inter não estaria desequilibrando tecnicamente o campeonato na reta final como está agora escalando time reserva. Na posição que hoje se encontra (sétimo colocado), estaria sim brigando por uma das oito vagas nas finais, e poderia até ser campeão brasileiro, coisa q não pode mais em 2008.
3) "Preserva a emoção até o fim porque times brigam pelo título, pela Libertadores, pela Sul-Americana e para não cair pra Segundona": ué, em campeonato de dois turnos e classificando-se oito pro mata-mata, o mesmo aconteceria. A vaga pra Libertadores ficaria com os quatro primeiros e cairiam os quatro últimos da fase classificatória. Quanto à Sul-Americana, bem. Time nenhum (a não ser três ou quatro pequenos sem ambição) entra no campeonato, lá em abril, afirmando: "Disputaremos a competição pra buscar uma vaga na Sul-Americana". Essa competição de segunda categoria é prêmio de consolação, põe consolação nisso. É como "atirar" na Angelina Jolie e acabar com a Lucélia Santos!
E tem mais: campeonatos com pontos corridos são para países europeus, de pequena extensão territorial e poucos clubes por região. Alguém acredita que existe equilíbrio técnico em um Brasileirão que clubes cariocas e paulistas viajam bem menos pra fora de seus Estados? Os times paulistas praticamente disputam um torneio no Estado de São Paulo, coisa que ainda ficará pior em 2009, se subirem mais três paulistas (Corinthians, Santo André e Barueri ou Bragantino). Vão disputar um grande Paulistão, saindo de vez em quando pra RS ou PE, com bem menos desgaste. E Grêmio e Inter, aqui no Sul do País, tendo que viajar muito mais do que paulistas e cariocas? "Ah, mas em compensação eles têm muito mais clásicos locais, e possibilidades de perderem pontos nestes enfrentamentos", podem alegar os defensores desta fórmula de campeonato. Ué, mas Grêmio e São Paulo, e Inter e Corinthians, por exemplo, também não são clássicos?
Comentários
A única coisa que concordo contigo são as viagens, que ficam muito melhores para quem é do Rio-Sampa do que o resto do país. Mas isso é gradual, amigo. O Corinthians já foi, Palmeiras também, e ano que vem tem Avaí, dois jogos pra dupla bem pertilho, logo ali. E já pensou, esse ano descem Portuguesa e Vasco?
E se o Grêmio sair campeão?! Vamo, vamo, vamo tricolor!!!
Abraço!!
p.s.:
"É como "atirar" na Angelina Jolie e acabar com a Lucélia Santos!"
Melhor frase publicada no blog!!!